Plástico [Portuguese translation]
Plástico [Portuguese translation]
Ela era uma menina de plástico, dessas que vejo por aí
Dessas que quando se agitam, suam Chanel No. 3
Que sonham em se casar com um doutor
Porque ele pode mantê-las melhor
Elas não falam com ninguém que não seja igual a elas
A menos que seja "fulano de tal"
São lindas, magras, se vestem bem
De olhar torto e risada falsa
Ele era um menino de plástico, desses que vejo por aí
Com um pente na mão e cara de "não fui eu"
Dos que sempre escolhem como tema
Discutir sobre qual marca de carro é a melhor
Dos que preferem não comer
Por causa das aparências que têm que ter
Para andarem elegantes e assim uma
Menina de plástico poderem pegar
(Que falha)
Era um casal de plástico, desses que vejo por aí
Ele pensava apenas em dinheiro
Ela, no casamento em Paris
Aparentando o que não são
Vivendo em um mundo de pura ilusão
Dizendo a seu filho de cinco anos,
"Não brinque com crianças de cor diferente"
Afundados em dívidas para manter
Seus status sociais em casamento ou hotel
(Que falha)
Era uma cidade de plástico, dessas que não quero ver
De edifícios gigantescos* e um coração de enfeite**
Onde, em vez de um sol, amanhece um dólar
Onde ninguém ri, onde ninguém chora
Com pessoas com rostos de poliéster
Que escutam sem ouvir e olham sem ver
Pessoas que, por comodidade,
Vendiam sua razão de ser e sua liberdade
Ouça latino, ouça irmão, ouça amigo
Nunca venda seu destino por ouro e nem comodidade
Nunca descanse, porque ainda nos falta andar bastante
Vamos todos em frente, para juntos acabarmos
Com a ignorância que nos deixa influenciados
Com padrões importados que não são a solução
Não se deixe confundir
Busque a base e sua razão
Lembre-se, vemos as caras
Mas nunca o coração
Não se deixe confundir
Busque a base e sua razão
Lembre-se, vemos as caras
Mas nunca o coração
Lembre-se, vemos as caras
E jamais o coração
Vemos as caras, vemos as caras, sim, mas nunca o coração
Do pó todos viemos, e para lá voltaremos, como diz a canção
Vemos as caras, vemos as caras, sim, mas nunca o coração
Lembre-se que o plástico derrete em sol forte
Vemos as caras, vemos as caras, sim, mas nunca o coração
Bubirubidubirubi
Bubirubidubirubi
Vemos as caras, vemos as caras, sim, mas nunca o coração
Estuda, trabalha, e seja gente primeiro, lá está a solução
Vemos as caras, vemos as caras, sim, mas nunca o coração
Mas olhe, olhe, não se engane, busque a base e sua razão
Vemos as caras, vemos as caras, sim, mas nunca o coração
Pra frente, pra frente, pra frente, pra frente, e assim seguiremos unidos
E no final, venceremos
Vemos as caras, vemos as caras, sim, mas nunca o coração
Mas senhoras e senhores
(Vemos as caras)
No meio do plástico também vemos caras de esperanças
(Vemos as caras)
Vemos as caras orgulhosas que trabalham por uma América Latina unida
(Vemos as caras)
E por um amanhã de esperança e liberdade
(Vemos as caras)
Vemos as caras de trabalho e de suor
(Vemos as caras)
De gente de carne e osso que não se vendem
(Vemos as caras)
De gente trabalhando e buscando o novo caminho
(Vemos as caras)
Orgulhosa de sua herança e de ser latino
(Vemos as caras)
De uma raça unida, a que Bolivar sonharia
(Vemos as caras)
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