O cego andante [English translation]
O cego andante [English translation]
Abre-me a portinha!
Abre-me o postigo!
Dá-me do teu lenço
Ai, meu bem!
Que venho ferido...
Pois, se vens ferido,
Vens lá a má hora,
Que as minhas portinhas
Ai, meu bem!
Nom se abrem agora.
Minha mãe, esperte,
Nem tanto dormire:
Venha ouvire um cego
Ai, meu bem!
Cantare e tangire.
E se il canta e pide,
Dá-lhe pão e vinho;
Diz-lhe ò triste cego
Ai, meu bem!
Que siga o caminho.
Nom quero o seu pão
Nem quero o seu vinho:
Quero que a Rosinha
Ai, meu bem!
Me ensine o caminho.
Colhe, oh Rosinha,
A roca e o linho;
Vai cò triste cego
Ai, meu bem!
Dizer-lhe o caminho.
Anda, oh Rosinha,
Mais outro um pouquinho.
Som curto de vista
Ai, meu bem!
Nom vejo o caminho.
De condes e duques
Já fum pretendida
E, agora, dum cego
Ai, meu bem!
Vejo-me rendida.
Eu nom te som cego:
Nem Deus o permita!
Som-te o conde Alberto
Ai, meu bem!
Que eu te pretendia.
Adeus, minha casa!
Adeus, meus quintais!
Adeus, companheiras
Ai, meu bem!
Para neja mais.
- Artist:Galician folk
- Album:Rimances (2001)